Cortes de carne bovina crua dispostos sobre tábua de madeira, com faca, sal grosso e alecrim, representando carnes para bife.

Dicas de cozinha

Carne para bife: 7 melhores cortes para bifes macios e suculentos

Neste artigo, mostramos os 7 melhores cortes de carne para preparar um bife macio, saboroso e perfeito.

A melhor carne para bife é aquela que combina maciez, sabor e facilidade de preparo, transformando uma refeição simples em um momento especial para você e sua família. 

Existem sete cortes principais que se destacam pela qualidade e versatilidade: filé mignon, contrafilé, miolo de alcatra, coxão mole, picanha, patinho e alcatra.

A escolha ideal depende do seu orçamento, da ocasião e das preferências pessoais. Enquanto alguns cortes são mais nobres e caros, outros oferecem excelente custo-benefício sem comprometer o sabor. 

Conhecer as características de cada corte é fundamental para acertar na escolha e no preparo. Afinal, não há nada melhor do que o aroma de um bife bem feito espalhando-se pela casa e reunindo todos à mesa.

Quais são os melhores cortes de carne para bife?

Os melhores cortes de carne para bife são aqueles que apresentam fibras mais curtas, boa distribuição de gordura e textura macia

Dessa forma, cada corte tem suas particularidades em termos de origem no animal, sabor, preço e tempo de preparo.

Para fazer a escolha certa, é importante entender que cortes provenientes de músculos menos exercitados tendem a ser mais macios. 

Por outro lado, a presença de gordura entremeada (marmorização) também contribui para a suculência e o sabor do bife.

Conhecer os diferentes cortes bovinos ajuda na escolha ideal para cada preparo e ocasião. 

Com isso em mente, vamos conhecer os sete melhores cortes para preparar bifes irresistíveis.

1. Filé Mignon: o mais macio dos cortes

O filé mignon é considerado o corte mais nobre e macio para bife, sendo extraído da parte traseira do animal, especificamente do músculo psoas. 

Por ser um músculo pouco exercitado, apresenta fibras extremamente macias e baixo teor de gordura.

Este corte premium tem coloração vermelha intensa e textura aveludada ao toque. Além disso, seu sabor é suave e delicado, permitindo que seja apreciado com temperos simples como sal e pimenta-do-reino. 

O preço mais elevado se justifica pela qualidade excepcional e pela quantidade limitada por animal.

Para o preparo ideal: 

  • Mantenha o filé mignon com espessura entre 2 a 3 centímetros;
  • Use temperatura alta para selar rapidamente e preservar a suculência interna;
  • O tempo de cocção é rápido: 2-3 minutos de cada lado para malpassado, 4-5 minutos para ao ponto;
  • Tempere apenas com sal grosso e pimenta-do-reino moída na hora para realçar o sabor natural da carne.

2. Contrafilé: equilíbrio perfeito

O contrafilé vem do lombo do boi, do lado oposto ao filé mignon. É um corte magro com uma camada de gordura na lateral que, por sua vez, confere sabor acentuado e suculência ao bife.

Suas fibras são de tamanho médio e a textura é firme, mas macia. A gordura lateral não deve ser removida, pois é ela que garante o sabor característico e evita que a carne resseque durante o cozimento.

O preparo é rápido e descomplicado, levando menos de 10 minutos no total. Dessa forma, é ideal para quem tem pressa, mas não quer abrir mão da qualidade.

O contrafilé é perfeito para receitas clássicas como o bife acebolado, onde a gordura natural se combina perfeitamente com o doce da cebola refogada.

3. Miolo de Alcatra: fibras curtas e maciez

O miolo de alcatra, também conhecido como coração de alcatra, é extraído do centro da peça de alcatra

Suas fibras curtas e textura macia o tornam uma excelente opção para quem busca qualidade com preço mais acessível que o filé mignon.

Este corte apresenta coloração vermelha uniforme e pouca gordura aparente. Por isso, é ideal para bifes grelhados, assados, picadinhos e refogados. Para deixá-lo ainda mais macio, corte sempre contra as fibras da carne

Além disso, o miolo de alcatra absorve bem os temperos e marinadas, permitindo variações de sabor conforme sua preferência. É uma escolha inteligente para refeições do dia a dia.

4. Coxão Mole: textura suculenta

O coxão mole provém da coxa do animal e se caracteriza pelas fibras curtas e textura naturalmente suculenta. É um músculo menos exercitado, o que resulta em maior maciez e facilidade de preparo.

Suas fibras têm direção bem definida e a marmorização natural ajuda a absorver sabores e temperos.

Além disso, a textura é uniforme e a coloração vermelha atrativa. É um corte versátil que se adapta bem a diferentes técnicas de preparo.

Essa é uma carne ideal para quem gosta de experimentar sabores diferentes. É excelente para bifes do dia a dia e receitas como strogonoff.

A suculência natural do coxão mole dispensa adição excessiva de gordura durante o cozimento. Dessa forma, tempere com sal, pimenta e suas ervas favoritas para realçar o sabor natural da carne.

5. Picanha: o favorito brasileiro

A picanha é o corte preferido dos brasileiros, extraída da parte traseira do animal. Sua característica mais marcante é a camada de gordura superior que, por sua vez, confere sabor incomparável e suculência ao bife.

O sabor intenso e característico da picanha dispensa temperos elaborados. Portanto, sal grosso é suficiente para realçar suas qualidades naturais. A gordura não deve ser removida, pois é fundamental para o resultado final.

Além do tradicional churrasco, com a picanha é possível fazer bifes grelhados excepcionais. Sua versatilidade permite diferentes cortes e espessuras, adaptando-se assim a diversas preferências. É ideal para ocasiões especiais e momentos de confraternização.

A dica especial é manter sempre a capa de gordura durante o preparo. Ela protege a carne do ressecamento e libera sabores únicos que fazem da picanha o corte mais apreciado nacionalmente.

6. Patinho: opção econômica e saborosa

O patinho é um corte magro com fibras de tamanho médio, oferecendo uma opção econômica sem abrir mão do sabor. 

Localizado na parte traseira do animal, é um músculo mais exercitado, o que requer alguns cuidados no preparo.

Por ser mais magro, o patinho é ideal para bifes empanados, escalopes e preparos que envolvem molhos. Além disso, sua textura firme suporta bem técnicas como bater a carne para amaciamento.

O patinho é uma excelente opção para pratos empanados como o bife à parmegiana, em que o empanamento protege a carne e adiciona sabor e umidade.

Para melhores resultados, marine o patinho antes do preparo com ingredientes ácidos como limão ou vinagre. Isso ajuda a quebrar as fibras e resulta em maior maciez. Contudo, evite cozimento excessivo para não ressecar.

7. Alcatra: versatilidade garantida

A alcatra é um corte magro e suculento que oferece boa versatilidade culinária. Tem textura equilibrada entre macia e firme, sendo extraída da parte traseira do animal. É uma peça maior que permite diferentes tipos de corte.

Suas fibras são ligeiramente mais longas que outros cortes, mas ainda assim proporcionam boa maciez quando preparada adequadamente. Além disso, a coloração vermelha uniforme e a baixa quantidade de gordura a tornam uma opção saudável.

É ideal para bifes mais altos e assados, suportando bem cozimentos mais longos. A boa relação custo-benefício a torna popular entre as famílias brasileiras. A alcatra aceita bem diferentes temperos e marinadas.

Para o preparo ideal, use temperatura média-alta e evite virar constantemente a carne. Dessa forma, a alcatra desenvolve uma crosta dourada que sela os sucos internos, garantindo suculência e sabor.

Como escolher a carne ideal para bife?

A escolha da carne ideal para bife envolve diversos critérios que vão além do preço. É importante considerar a ocasião, o orçamento disponível, as preferências pessoais e a qualidade do produto oferecido pelo açougue.

Além desses pontos, na hora de escolher a carne para bife é importante considerar alguns pontos: 

  • Cor  carnes frescas têm coloração vermelho-viva e uniforme. Tons escuros, acinzentados ou muito opacos podem indicar produto antigo, ou mal armazenado;
  • Textura — deve ser firme e elástica. Ao apertar levemente, a carne precisa voltar ao formato original. Texturas moles, úmidas demais ou pegajosas são sinais de deterioração;
  • Gordura  o ideal é que a gordura seja branca ou levemente amarelada. Coloração muito amarela ou esverdeada indica má qualidade. Também é importante que a gordura esteja bem distribuída, e não concentrada em um único ponto;
  • Odor  o cheiro deve ser suave e característico de carne fresca. Aromas ácidos, doces ou desagradáveis sugerem início de decomposição;
  • Procedência  priorize açougues ou mercados de confiança, que mantenham higiene, refrigeração adequada e armazenamento correto. Isso reduz o risco de contaminação e garante mais segurança no consumo.

Dicas para economizar sem perder qualidade

  • Escolha cortes alternativos com bom custo-benefício: opções como coxão mole e miolo de alcatra oferecem maciez, sabor e preço acessível, sendo ótimas alternativas aos cortes mais nobres.
  • Aproveite promoções e períodos de menor demanda: meses mais tranquilos e horários específicos no açougue costumam ter preços reduzidos. Fique atento às ofertas semanais.
  • Compre peças maiores e peça o corte na hora: comprar a peça inteira costuma ser mais barato por quilo. Você ainda pode definir a espessura ideal dos bifes.
  • Use técnicas de amaciamento para melhorar cortes mais firmes: marinadas com ingredientes ácidos (limão, vinagre), bater a carne e usar amaciantes naturais ajudam a deixar bifes mais macios e saborosos.
  • Explore receitas que aproveitam bem cortes econômicos: preparos como o bife acebolado valorizam cortes acessíveis e garantem sabor. Experimente nossa versão testada e aprove o resultado.

Como preparar o bife perfeito?

O preparo do bife perfeito envolve técnicas simples, mas fundamentais que fazem toda a diferença no resultado final. 

O segredo está em respeitar o tempo de cada etapa: da temperatura correta da frigideira ao descanso da carne após a cocção.

Técnicas de preparo infalíveis

Para garantir uma cocção uniforme e uma crosta dourada irresistível, siga estes passos cruciais:

  • Antecipe o preparo — retire a carne da geladeira 30 minutos antes de começar. Isso permite que ela atinja a temperatura ambiente, evitando que fique crua por dentro e queimada por fora.
  • Seque bem a carne —  use papel toalha antes de temperar. A umidade excessiva impede a formação da crosta (selagem) e pode fazer a carne cozinhar no próprio vapor.
  • Aqueça a frigideira —  ela deve estar muito quente antes de receber a carne. O teste é eficaz: quando uma gota d’água evaporar imediatamente ao tocar a superfície, a temperatura está ideal para selar a carne.
  • Vire apenas uma vez —  deixe formar uma crosta dourada no primeiro lado antes de virar. Isso sela os sucos e garante sabor e textura superiores. Não vire constantemente.
  • Deixe a carne descansar —  após o cozimento, retire a carne e deixe-a descansar por alguns minutos. Isso é vital para que os sucos se redistribuam, garantindo máxima suculência a cada garfada.

Temperos que fazem a diferença

A escolha e o momento de temperar realçam o sabor natural da carne:

  • Sal  use sal grosso em vez do refinado. Os grãos maiores aderem melhor e se dissolvem gradualmente, realçando o sabor do corte;
  • Pimenta  use pimenta-do-reino moída na hora para preservar os óleos essenciais que conferem aroma e sabor. Pimenta pré-moída perde suas propriedades rapidamente;
  • Ervas  alho e ervas aromáticas (alecrim, tomilho e manjericão) complementam perfeitamente. Use com moderação para não sobrepor o sabor natural do bife;
  • Complemento Nestlé — os temperos da linha Maggi® podem ser excelentes complementos, especialmente o Tempero Completo, que já oferece alho, cebola e ervas em proporções equilibradas;
  • Momento de temperar — enquanto carnes mais macias podem ser temperadas na hora, cortes mais duros se beneficiam de marinadas mais longas.

Pontos de cocção ideais

Aprenda a identificar o ponto do seu bife e como alcançá-lo:

  • Malpassado  requer 2-3 minutos de cada lado em fogo alto. O centro permanece vermelho e morno, garantindo máxima suculência;
  • Ao ponto — cozinhe por 4-5 minutos de cada lado. O centro fica rosado e quente, oferecendo o equilíbrio preferido pela maioria dos brasileiros;
  • Bem-passado — leva 6-7 minutos de cada lado. O centro fica completamente cozido e acinzentado. Requer atenção para não ressecar, especialmente em cortes magros;
  • Dica Profissional — Pressione levemente o centro da carne com o dedo. Quanto mais firme, mais cozida está. A prática irá te ajudar a identificar cada ponto com sensibilidade.

Quer dominar todas as técnicas? Confira nosso guia completo sobre Como Fazer o Bife Perfeito!

Receitas especiais com carne para bife

Transformar um simples bife em uma refeição especial é uma arte que combina técnica e criatividade. As receitas testadas pela equipe Receitas Nestlé garantem resultados deliciosos e momentos memoráveis à mesa.

Bife acebolado tradicional

Fotografia em tons de marrom, branco e amarelo de uma bancada marrom, contém um prato redondo e branco com um bife com cebolas por cima, arroz, batatas fritas e salada como acompanhamento

O bife acebolado é um clássico da culinária brasileira que combina a suculência do contrafilé com o doce das cebolas refogadas. O segredo está em respeitar o ponto de cada ingrediente:

  • Ponto das cebolas — use cebolas cortadas em fatias médias e refogue em fogo baixo até ficarem translúcidas e douradas. A paciência nessa etapa é crucial;
  • Toque de sabor — para intensificar a caramelização e o sabor, adicione uma pitada de açúcar durante o refogado da cebola;
  • Ponto da carne — o contrafilé deve ser selado rapidamente em fogo alto antes de adicionar as cebolas. Isso preserva os sucos da carne e cria o contraste de texturas ideal no prato final.

Experimente nossa receita completa de bife acebolado e descubra todos os segredos deste prato tradicional que nunca sai de moda.

Bife à parmegiana caseiro

Fotografia em tons de marrom em uma bancada de madeira em um recipiente retangular branco com o bife à parmegiana dentro.

O bife à parmegiana é uma receita que transforma cortes mais econômicos, como o patinho, em pratos sofisticados e muito saborosos. A chave é o empanamento e a qualidade do molho:

  • Empanamento perfeito — para uma textura crocante, passe a carne na farinha de trigo, depois no ovo batido e, por fim, na farinha de rosca. Garanta que cada camada adira bem;
  • Molho encorpado — o molho de tomate deve ser saboroso. Use tomates maduros, temperos frescos e deixe reduzir bem para concentrar os sabores;
  • Equilíbrio — adicionar um toque de açúcar ao molho é o segredo para equilibrar a acidez natural do tomate, elevando o sabor final do seu parmegiana.

Conheça todos os detalhes da nossa receita de bife à parmegiana e impressione com este clássico da culinária italiana adaptado ao paladar brasileiro.

Bife grelhado com ervas

O bife grelhado com ervas é a opção perfeita se você busca uma refeição saudável e aromática. A marinada realça o sabor natural da carne, adicionando complexidade sem mascarar as características do corte.

  • Aroma e sabor: combine alecrim, tomilho, manjericão e salsinha picados com azeite de oliva e alho.
  • Marinada: deixe a carne marinar por, pelo menos, 2 horas, assim os sabores se integram completamente no corte.
  • Grelha: a grelha deve estar bem quente para criar as marcas características e selar rapidamente a carne. Evite movimentar excessivamente para não perder os sucos naturais.
  • Sugestão de acompanhamento: sirva com acompanhamentos leves, como salada verde, legumes grelhados ou batatas rústicas, garantindo uma apresentação colorida e apetitosa.

Explore mais receitas deliciosas com carne bovina em nossa seção de Receitas com Carne!

Fontes:

  1. ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) - https://www.abiec.com.br/
  2. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) - https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/
  3. Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) - https://ainfo.cnptia.embrapa.br/
  4. Kantar Worldpanel - https://www.kantar.com/brazil/
  5. Agência Brasil - https://agenciabrasil.ebc.com.br/
  6. FGV Agro - https://agro.fgv.br/

Perguntas frequentes

Qual é a carne mais macia para bife?

O filé mignon é considerado o corte mais macio para bife, seguido pelo contrafilé e miolo de alcatra. A maciez está relacionada à localização do músculo no animal e à quantidade de exercício que ele faz durante a vida do animal.

Coxão mole é bom para fazer bife?

Sim, o coxão mole é excelente para bife devido às suas fibras curtas e textura suculenta. É uma opção versátil que absorve bem os temperos e tem preparo descomplicado, sendo ideal para refeições do dia a dia.

Qual a diferença entre contrafilé e alcatra?

O contrafilé vem do lombo e tem uma camada de gordura que confere suculência, enquanto a alcatra é mais magra e tem fibras ligeiramente mais longas. 

Ambos são ótimos para bife, mas o contrafilé cozinha mais rapidamente.

Como deixar a carne mais macia para bife?

Para deixar a carne mais macia, retire-a da geladeira 30 minutos antes do preparo, corte sempre contra as fibras, use marinadas com ingredientes ácidos como limão ou vinagre, e evite cozinhar demais.

Patinho serve para fazer bife?

Sim, o patinho serve para bife, principalmente quando empanado ou em preparos como escalope. É uma opção mais econômica, mas requer cuidado no preparo para não ressecar.

Qual o melhor corte custo-benefício para bife?

O coxão mole oferece o melhor custo-benefício, combinando maciez, sabor e preço acessível. O miolo de alcatra também é uma excelente opção nessa categoria.

Picanha pode ser usada para bife?

Sim, a picanha é excelente para bife grelhado. Sua camada de gordura garante suculência e sabor intenso. É ideal para ocasiões especiais ou quando se quer um bife mais saboroso.

Como escolher carne fresca no açougue?

Escolha carne com cor vermelha viva, textura firme, gordura branca ou levemente amarelada e sem odores desagradáveis. Prefira açougues de confiança e observe as condições de armazenamento.

Nutricionista

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